Minha avó

Minha avó é a melhor pessoa que conheço. Só de começar a falar dela sinto meus olhos cheios d´água.
Eu a chamo de mãe porque a amo de muitos diferentes modos. Tenho todas as razões para isso.
Quando ela fica doente, meu coração aperta a ponto de murchar. Quando ela me sorri, involuntariamente sorrio de volta. E eis o meu sorriso mais sincero.
Quando chego em São José, ela é a primeira pessoa que corro para abraçar. Quando estou em Lorena, nos falamos quase todos os dias pelo telefone. "Querida, se cuide, se alimente. Não se esqueça de orar!" Isso se chama saudade. E dói.
Pensar na minha avó é pensar em exemplo. É o meu melhor motivo para sonhar grandes coisas e cometer menos erros. Algum dia, vocês vão ver, vou dar um orgulhão danado para a Dona Ondina. Lembro disso todos os dias...
O legado que pretendo deixar nessa vida é um história de coragem parecida como a de minha avó. Coisa que envolve muitíssimo trabalho, abnegação e, é claro, uma família bem linda. Estou certa de que é o que fará tudo valer a pena.
Espero que algum dia alguém pense em mim com admiração como penso nela: não como uma profissional de mega sucesso, nem como a mulher que chegou aos 70 sem uma ruga, mas como uma mãe invejável, dona de um espírito nobre e do melhor abraço do mundo.

P.S.: Este não é um texto sobre os mistérios intrínsecos dos sentimentos, não é lirismo nem literatura de qualidade. Isto é sobre o amor não fingido que de vez em quando não cabe em lugar nenhum, nem mesmo aqui.

P.S. 2: Minha tpm às vezes alcança níveis elevadíssimos na escala Richter.

_Coldplay - "The scientist"