E para mim escrever sempre foi tão involuntário quanto fechar os olhos ao espirrar, mamãe diz que já faz parte do meu metabolismo, vai saber.
Mas escrever não é meu ofício. Não é o que estudo e nem o que pretendo aprender. Se assim fosse, estaria cursando letras ou jornalismo ao invés de engenharia.
A minha escolha de carreira dependeu intimamente da seguinte reflexão: "E aí, Natacha, você escreveria por dinheiro?"
Gostar apenas de escrever sobre o que quero e quando quero, sem cobranças e rédeas, foi o que com alguma frustração me fez responder NÃO à essa pergunta. Tenho certeza de que a partir do momento em que "prazo" e "tema" fossem as minhas motivações para abrir o bloco de notas, eu me tornaria a mais improdutiva e frustrada das profissionais. Isso tudo porque escrever é o que faço de mais irracional.
Ganhar uma grana escrevendo exige talento com as palavras e eu só tenho a necessidade delas. Minha única pretensão é criar.
_Mallu Magalhães - Vanguart
*Pauta para a Capricho
5 comentários:
Escrever é um problema.
Não escrever são dois.
Quando eu abdiquei de minha vida exatóide, com variáveis que tinham sentido a avaliações binárias (sim ou não, nada de meio termo) eu sabia que estaria colocando a venda as palavras combinadas em um editor de texto.
Mas eu sucumbi. Não escrever estava me doendo mais do que escrever à pedidos.
E eu respeito inteiramente a sua escolha.
Eu só fico imaginando o que existe na contra capa daquele livro de cálculo ou daquele caderno de exercícios da faculdade. Posso apostar que não são fórmulas.
Tá no sangue, Fotocópia.
Não podemos negar.
"Escrever é um problema.
Não escrever são dois."
Guria genial, a tua amiga.
Engenheira, escritora, dançarina, pugilista, boleira, musicista [não necessariamente nesta ordem]. Pq ser uma não basta, né?
Sabe aquela do Pessoa? "Viver não é preciso, criar é preciso" É você Natacha. E não precisa se explicar.
Aaah, perfeição.
hah! malu magalhaes ^^
Apesar de naum concordar achei o seu texto lindo e muito bem escrito. ;)
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