Foi numa dessas madrugadas de cidade pequena, ruas de paralelepípedo e um gato na esquina. Fui quietinha pegar meu ônibus, eu juro, não fiz barulho, não quis acordar ninguém. De repente me dei conta da perseguição, minha mãe diz que é mania minha, mas eu tenho certeza, eu tenho certeza, alguém me observava. Pra todo lado que eu olhava, era um silêncio do tamanho da noite, preto, imenso. E lá em cima, ela. Era ela! Aquela Lua redonda guardando um mundo me olhava com um amor doído e curioso, eu nunca esqueci.
Desde então, toda noite é assim, Ela vem e leva meu medo embora e põe um sonho no meu bolso. Em troca, da minha janela eu choro uma lágrima prateada que Ela pendura lá no alto, tem gente que chama de estrela.
E vamos colecionando juntas um céu tão bonito, olha pra cima!
Um céu feito com as minhas verdades e com as mentiras da Lua.
2 comentários:
nunca ouvi!
Poeta! Poeta!
O que falar da Amiga da Lua? Ela chora estrelas e escreve no limite do sublime! Me ensina?
Sensacional...Sensacional!
Sou teu fã, Artista!
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